domingo, 24 de fevereiro de 2008

As susbtâncias separadas ou anjos

O termo “substância separada” foi usado primeiramente por Aristóteles, na Metafísica. Aristóteles indica três tipos de substâncias: sensíveis não-separadas, que nascem e perecem; as sensíveis separadas, mas incorruptíveis, que compreendem os astros, os céus e as esferas celestes e, finalmente, a substância eterna e imóvel ou Motor Imóvel, desprovido de qualquer matéria, puro acto.
Na tentativa de conciliar a doutrina aristotélica com a fé católica, a que se assistiu durante a escolástica, identificam-se as substâncias separadas de Aristóteles com os anjos. São Tomás de Aquino usa indiferenciadamente as duas denominações[1].
O maior tratado acerca dos anjos é de Pseudo-Dionisio, Tratado da Hierarquia Celeste, ao qual São Tomás se refere por diversas vezes na sua Suma. Os árabes também se interessaram por este tema, sobretudo Avicebron e também o judeu Maimónides. (continua)

[1] Cf. Suma Teológica, quest. L a LXIV

Sem comentários: